Todo Mundo tem Preconceito
- Enquanto Somos Jovens
- 6 de ago. de 2017
- 3 min de leitura
O preconceito é uma opinião formada sobre algo ou alguém antes mesmo que possamos conhecer ou refletir. Meu marido, por exemplo, anda de cadeira de rodas e, quando nos casamos, muitas pessoas próximas a mim não gostaram nadinha da ideia, pois achavam que eu não seria feliz pelo fato dele não poder andar. Com o tempo, depois que estas pessoas conheceram melhor meu marido e viram como ele me faz feliz, elas mudaram de opinião e ficaram tranquilas a respeito do meu futuro.

O primeiro livro que publiquei, Um Ano Bom, também aborda o assunto do preconceito. A Clara, protagonista da história, é uma aluna novata e, quando chega à nova escola para cursar o último ano do ensino médio, pensa logo que não vai ser feliz, que sofrerá preconceito por parte dos alunos populares e que não conseguirá fazer amigos. Ela olha apara aquelas pessoas e não se sente pertencer àquele lugar. Para a Clara os colegas eram todos “patricinhas’ e “playboys” metidos e arrogantes que nada tinham a ver com ela. Na verdade, ela já tinha sofrido bullying nas outras escolas que estudou e estava meio calejada. O fato de ela usar cabelo vermelho e ter um estilo mais despojado e diferente fazia com que os colegas a vissem com um olhar preconceituoso.

Adotando uma postura de isolamento, a Clara acaba rejeitando as tentativas de aproximação do garoto mais bonito da escola e muito popular, Christopher. Ela chega a ser mal educada em suas respostas quando o rapaz tenta puxar papo. Mas, aos poucos, eles vão se aproximando e um relacionamento de amor e amizade surge entre eles. Esse relacionamento ajudará a fazer com que aquele se tornasse um ano bom na vida deles, pois Clara e Chris ajudam um ao outro a ser tornar uma pessoa melhor. Isso é o que as amizades deveriam fazer. Com a ajuda de Chris, a Clara consegue perceber que ela sofria preconceitos, mas que ela também tinha muitos preconceitos. Prova disso é que rotulou o Chris de playboy, metido e fútil, antes mesmo de conhecê-lo melhor e, depois que já são íntimos, ela descobre que estava muito errada a respeito dele.
Esse aspecto do livro Um Ano Bom, abordado muito bem no filme Crash, citado no livro, nos ajuda a enxergar uma verdade: todo mundo tem preconceito. E reconhecer que temos preconceito é o primeiro passo para vencê-los.

A regra veio da Bíblia e todo mundo sabe de cor: Faça o bem ao próximo como gostaria que fizessem a você e não faça o mal ao próximo que não gostaria que fizessem com você. Mas, como vencer o preconceito que sentimos? O primeiro passo já foi dito, reconhecer que tem preconceitos. O segundo passo é pesquisar, estudar. Vou dar um exemplo para ficar mais fácil. Sou cristã e confesso que tenho muitos preconceitos com relação a outras religiões. Esses preconceitos são ruins, pois me impedem de fazer novas amizades, conhecer e entender culturas diferentes da minha e, às vezes, podem me levar a desrespeitar alguém. Qual a solução? Bom, se o preconceito é um conceito antecipado e sem reflexão sobre algo, a solução para mim, nesse exemplo, é estudar, pesquisar, conhecer melhor as religiões, a cultura dos povos que as praticam, ver filmes, ouvir músicas, ler livros não só de história e geografia, mas romances também. Isso me ajudará a aceitar melhor a diversidade e respeitar as pessoas que tem uma fé diferente da minha. Entendam, eu não preciso concordar com a fé dos outros, nem crer no que os outros creem, mas eu preciso compreender e respeitar, assim como eu quero que me respeitem.
No vídeo abaixo, que coloquei lá no canal do youtube eu falei sobre esse assunto. E vocês? Qual sua opinião sobre esse assunto? Já sofreram preconceito? Admitem ter preconceitos? Como podemos vencer os preconceitos? Deixem seus comentários, vamos conversar sobre isso.
Grande beijo, Ana.
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